Calcula a tua pegada ecológica !
www.esb.ucp.pt/gea/myfiles/pegada/questionario.pdf
Portugal: um país que abusa da Terra
(Público, 22 de Abril)
Portugal é insustentável. Seja qual for o indicador, resulta evidente que a sua economia e os seus cidadãos consomem mais recursos do que aqueles que é possível repor. Parte da solução está na atitude individual de cada um.
O índice que mostra mais facilmente essa realidade é o da "pegada ecológica", criado por dois investigadores canadianos no princípios dos alunos 1990. Para calcular a pegada de um país, toma-se a à área que é necessária para abastecer os seus cidadãos com comida, com matérias-primas florestais, a superfície ocupada com construções e também aquela que seria necessária para absorver o dióxido de carbono das fábricas e automóveis.
O resultado mais recente, de 2006, diz que cada português precisa de 4,2 hectares de território produtivo para suprir as suas necessidades. O problema é que o país só tem 1,6 hectares de terras produtivas por habitante. E, para o mundo todo, a média é de 1,8 hectares. A conclusão amarga é a de que seriam necessários 2,4 planetas Terra ou 2,7 países como Portugal para sustentar o estilo de vida nacional.
Existem também outras pistas disponíveis para reflectir sobre a sustentabilidade do país. A intensidade energética é uma delas. Em 1997, Portugal gastava o equivalente a 138 toneladas de petróleo para produzir um euro de riqueza. Em 2005, a factura tinha subido para 148 toneladas - quando na União Europeia como um todo a intensidade energética está a baixar.
Uma das explicações para esta evolução contracorrente é o aumento do consumo de electricidade, sobretudo nas residências, apesar do período de fraco crescimento económico. Portugal também está a gastar mais recursos - minerais, biomassa e combustíveis fósseis - para alimentar a sua economia. Segundo dados do Eurostat, o consumo doméstico de materiais subiu 45 por cento entre 1995 e 2004, mas o produto interno bruto só aumentou 26%.
Segundo o Eurobarómetro sobre ambiente, publicado pela Comissão Europeia no mês passado, 86% dos portugueses acreditam que cada um pode individualmente fazer algo em prol do planeta. Mas entre as palavras e acções vai ainda muita distância. Mais de metade dos portugueses diz separar o lixo para a reciclagem (54%) e cerca de um terço pouca electricidade (35%) ou água (32%). Mas só 18% se preocupam em reduzir o consumo de bens descartáveis e 8% anda menos de carro.
Por todos os lados, as questões ambientais estão no nosso quotidiano. Já não é possível olhar para o lado. Está na hora de agir!
Portugal: um país que abusa da Terra
(Público, 22 de Abril)
Portugal é insustentável. Seja qual for o indicador, resulta evidente que a sua economia e os seus cidadãos consomem mais recursos do que aqueles que é possível repor. Parte da solução está na atitude individual de cada um.
O índice que mostra mais facilmente essa realidade é o da "pegada ecológica", criado por dois investigadores canadianos no princípios dos alunos 1990. Para calcular a pegada de um país, toma-se a à área que é necessária para abastecer os seus cidadãos com comida, com matérias-primas florestais, a superfície ocupada com construções e também aquela que seria necessária para absorver o dióxido de carbono das fábricas e automóveis.
O resultado mais recente, de 2006, diz que cada português precisa de 4,2 hectares de território produtivo para suprir as suas necessidades. O problema é que o país só tem 1,6 hectares de terras produtivas por habitante. E, para o mundo todo, a média é de 1,8 hectares. A conclusão amarga é a de que seriam necessários 2,4 planetas Terra ou 2,7 países como Portugal para sustentar o estilo de vida nacional.
Existem também outras pistas disponíveis para reflectir sobre a sustentabilidade do país. A intensidade energética é uma delas. Em 1997, Portugal gastava o equivalente a 138 toneladas de petróleo para produzir um euro de riqueza. Em 2005, a factura tinha subido para 148 toneladas - quando na União Europeia como um todo a intensidade energética está a baixar.
Uma das explicações para esta evolução contracorrente é o aumento do consumo de electricidade, sobretudo nas residências, apesar do período de fraco crescimento económico. Portugal também está a gastar mais recursos - minerais, biomassa e combustíveis fósseis - para alimentar a sua economia. Segundo dados do Eurostat, o consumo doméstico de materiais subiu 45 por cento entre 1995 e 2004, mas o produto interno bruto só aumentou 26%.
Segundo o Eurobarómetro sobre ambiente, publicado pela Comissão Europeia no mês passado, 86% dos portugueses acreditam que cada um pode individualmente fazer algo em prol do planeta. Mas entre as palavras e acções vai ainda muita distância. Mais de metade dos portugueses diz separar o lixo para a reciclagem (54%) e cerca de um terço pouca electricidade (35%) ou água (32%). Mas só 18% se preocupam em reduzir o consumo de bens descartáveis e 8% anda menos de carro.
Por todos os lados, as questões ambientais estão no nosso quotidiano. Já não é possível olhar para o lado. Está na hora de agir!
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